Indústria brasileira falha em atingir o patamar pré-pandemia, registrando perda em sexto mês consecutivo


A produção das indústrias brasileiras sofreu uma queda de 0,2% entre outubro e novembro de 2021, o sexto mês seguido que a indústria tem perdas, trazendo o patamar para um nível ainda mais baixo do que antes da pandemia. Estatística preocupante, já que era previsto um aumento de 0,1% quando comparado ao mês anterior.

Os dados foram divulgados pelo IBGE na manhã do dia 06 de novembro, por meio da Pesquisa Industrial Mensal. O gerente responsável pela pesquisa, André Macedo, comenta que a produção é mais baixa que o mês de fevereiro de 2020, antes do início da pandemia e do isolamento, um total de 4,3% a menos.

O impacto causado pelo vírus


A pesquisa fala sobre como a queda de empregos e necessidade de economia do brasileiro traz um consumo mais baixo, por falta de trabalho ou corte de custos em sua residência. André Macedo comenta também sobre como todo o setor ainda está sofrendo por causa da pandemia.

A inflação e a falta de matéria-prima é citada como uma das principais causas do mantimento da queda, onde muitos brasileiros perderam seus empregos, devido ao COVID-19 ou aos seus impactos, que continuam sendo sentidos em todas as residências.

Nem toda a indústria sofreu com a queda

Apesar dos números estarem mais baixos, nem todas as indústrias sofreram essa queda, muitas tiveram alta, entre elas a automotiva e alimentícia, além de outras 11. Esse aumento pode ser dado pelas próprias circunstâncias da pandemia, onde o transporte público e comer fora de casa se tornaram opções menos agradáveis.

A demanda em baixa para as outras partes da indústria parece não ter afetado e sim ajudado esse lado do mercado, estatística também prevista, já que estão em alta desde o início do isolamento.

Especificamente Bens de Capital foi a indústria que sofreu a queda de 3,0% quando comparado a outubro, que, por sua vez, teve aumento de 1,8%.

Bens Duráveis foi a única que viu aumento, de 0,5%, enquanto Bens de Consumo semiduráveis e não duráveis e Bens Intermediários ficaram estáveis, mostrando que o problema não afetou todos os lados da indústria.